“Temos orgulho de termos ajudado tanta gente em 2024. No fim é isso que nos move.”
Lucia Scalco – Presidente do Coletivo Autônomo Morro da Cruz
Nossa jornada em 2024 está próxima do fim. Quando o ano começou, já imaginávamos que teríamos muito trabalho a fazer como de costume, mas fomos surpreendidos ao longo dos meses e fizemos mais do que prevíamos.
Da nossa maneira conseguimos fazer tudo dar certo. Ampliamos nossas barreiras e limites e saímos do Morro da Cruz pra fazer o nosso trabalho alcançar lugares que até pouco tempo atrás não tínhamos chego. Mesmo assim ainda demos uma grande atenção ao morro através dos nossos projetos que continuaram impactando de forma positiva a vida de crianças, adolescentes e adultos.
Quando pensamos em tudo o que nós fizemos ao longo deste ano é quase impossível não sentir um orgulho imenso por isso. Do nosso jeito e com as nossas limitações, nós realizamos ações, atingimos lugares, impactamos diversas vidas e vimos o nosso trabalho mudar a realidade de muitas pessoas. Foi um ano de emoções, realizações e a busca por soluções. Demos passos importantes e no fim conseguimos atingir todos os nossos objetivos. E isso fica muito evidente quando pegamos cada um dos nossos projetos. Vamos falar sobre cada um deles?
Observação: no final deste material você poderá acessar o nosso relatório de impacto de 2024 para poder consultar os nossos números no ano.
O projeto Integração Social funciona no turno inverso da escola, sendo um espaço de acolhimento, educação e desenvolvimento integral das crianças, que são acompanhadas na escola, recebem visitas domiciliares e acompanhamento psicológico e nutricional. Atendemos este público de forma completa, pensando no presente e também os direcionando para o futuro, iniciando pelo desenvolvimento da autoestima e da autonomia. O Integração tem como objetivo atender crianças de 6 a 11 anos de idade através de diversas atividades como música, teatro, informática, esporte, arte (dança e slam), aprendizagem e filosofia, trabalhando, assim, as múltiplas inteligências em um projeto complexo de desenvolvimento de cidadania.
Reformulação do projeto
O ano de 2024 foi fundamental para reestruturar e reorganizar o projeto a partir da criação do Conviver, outra iniciativa da ONG. O Conviver possibilitou um atendimento especializado a jovens com mais idade, entre 12 e 14 anos, fazendo com que as crianças do Integração Social recebessem cuidados e atenções específicas para o público de 6 e 11 anos.
Podemos destacar também que a partir dessa divisão de idades, conseguimos fazer com que os alunos do Integração Social tivessem mais aulas por disciplina durante o ano, aumentando as possibilidades de ensino e mesclando aulas teóricas e práticas. Isso também resultou em um maior vínculo entre alunos e educadores, gerando uma conexão maior entre os dois. Também notamos que neste ano tivemos um crescimento interessante no engajamento das famílias com o projeto, ou seja, sempre que houveram reuniões com familiares dos jovens para tratar de temas importantes, muitos se faziam presentes. Nesse sentido podemos dizer que nos aproximamos muito mais das famílias em 2024.
Fabiana, mãe do Ivan, e Liliane, mãe da Ananda
Segundo a mãe, a Ananda gosta muito do que as aulas de música do Integração Social oferecem pra ela. Já o Ivan gosta muito dos momentos de brincadeiras no projeto, segundo a sua mãe Fabiana.
Iniciativas e ações
Ao longo do ano realizamos diversas ações focando sempre no bem-estar e no aprendizado dos alunos. A primeira ação foi a criação de uma campanha para comprar capas de chuvas para proteger as crianças do mau tempo. Com a ajuda de apoiadores, conseguimos atingir o objetivo de produzir mais de 70 capas. No geral, 80 foram confeccionadas. Além de ajudar a proteger nossos jovens da chuva, a ação também teve o objetivo de fortalecer a economia local, já que a produção foi feita pela costureira Eni Leal que é moradora do Morro da Cruz.
Também realizamos outra ação que teve o objetivo de proteger as nossas crianças do tempo rigoroso de Porto Alegre, mas desta vez do calor. Em outubro deste ano criamos uma campanha para montar um sombrite, uma proteção, para o pátio da sede do Integração que deixava as crianças expostas às altas temperaturas, principalmente no verão. Orçamos a obra em R$ 5.000,00 e conseguimos finalizá-la em novembro. Também fizemos passeios como no Museu da Cultura Hip Hop RS e participamos de eventos como o Dia das Crianças da OAB/RS.
Além dessas ações, relembramos que nós fizemos diversas outras atividades ao longo do ano como festa para os aniversariantes dos meses e festas como a do Halloween, Páscoa e Junina. Tudo para tornar o Integração Social em um espaço de verdadeiro acolhimento. Também destacamos que rotineiramente a equipe de psicologia fez avaliações emocionais e rodas de conversas com as turmas para mapear pontos importantes para serem trabalhados com os alunos e suas famílias. Ao longo do ano também trabalhamos com as datas comemorativas como as Olímpiadas e a semana da Consciência Negra, por exemplo, onde cada um dos educadores do Integração Social realizou atividades relacionadas com esses temas com os pequenos. Precisamos destacar também que o Integração Social começou a ter aulas de arte (dança e slam) há alguns meses, trazendo uma nova opção de oficina aos alunos.
Paralelo as atividades realizadas pelos colaboradores da ONG, aconteceram outras ações que envolveram o Integração Social e que foram conduzidos por pessoas de fora da nossa instituição. Uma que vale o destaque foi a participação das crianças na oficina Pinhole Photo na Lata do FestFoto – Descentralizado que aconteceu em julho. Na atividade em questão, as crianças do projeto Integração Social tiveram contato com a história da fotografia, a técnica do pinhole e puderam se deparar com um mundo novo para elas. O Integração sempre foi um dos projetos com maior movimentação na nossa ONG. Nele, além das aulas que acontecem diariamente, recebemos também voluntários e estagiários, além de outras iniciativas que movimentam o projeto. Durante este ano, tivemos três ações em particular que valem muito a pena destacar. A primeira foram aulas com alguns profissionais da odontologia para falar com as crianças sobre higiene bucal.
A segunda delas foi a oficina de contação de histórias que foi realizada por estudantes de psicologia da PUCRS. Nesta ação, as estudantes vieram todas as quartas-feiras para um momento onde elas liam histórias para os nossos jovens e realizavam outras atividades com eles. Outra iniciativa, e que já está conosco há dois anos, é o reforço escolar, onde toda a quinta-feira um grupo de voluntárias dão aulas para crianças que precisam de uma atenção maior na aprendizagem.
Conheça o incrível trabalho das voluntárias de aprendizagem da nossa ONG
Hoje nós queremos falar sobre um grupo de mulheres excepcionais que há mais de dois anos faz um trabalho voluntário maravilhoso no Integração Social, contribuindo diretamente para o desenvolvimento das crianças que são atendidas no projeto.
Nosso impacto
Gostamos de acreditar que o Integração Social é um espaço de felicidade. No projeto as crianças se desenvolvem, brincam, aprendem e se descobrem. É de fato um lugar onde os pequenos se sentem alegres e confortáveis pra estar.
O Integração Social foi o primeiro projeto oficial da nossa ONG. E mesmo depois de anos de existência, acreditamos que ele continua efetivamente impactando a vida das crianças atendidas e também os seus familiares. Criamos um ambiente acolhedor onde os pequenos podem sentir que a ONG é uma segunda casa pra elas. Ao mesmo tempo, também fazemos do projeto um espaço onde os pais, avós e outros membros das famílias podem sentir segurança e confiança.
A visão de dentro do projeto
Tanto o Integração Social quanto os demais projetos da nossa ONG só conseguem alcançar bons resultados e impactar vidas porque conseguimos montar equipes qualificadas para gerenciar todas as nossas iniciativas. Contamos com pessoas preparadas que carregam consigo além de um profissionalismo exemplar, um olhar sensível, muito empatia, responsabilidade e vontade de mudar a realidade de muitas vidas. Tentamos sempre fazer um atendimento diferente e dedicado que ajude os jovens e também as suas famílias.
Obrigado a todos pelo trabalho no projeto
Nós somos extremamente gratos a todos que apoiaram o Integração Social em 2024, assim como também somos gratos a toda equipe de colaboradores que fazem o projeto acontecer diariamente. Desejamos que em 2025 continuemos contando novas histórias dessa linda iniciativa.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar sendo agentes de impacto positivo na infância de tantas crianças e também na vida dos seus familiares.
Doe para o Integração Social
Faça uma doação hoje e ajude a manter o projeto de portas abertas em 2025.
O Conviver nasceu como um grande desafio para nós. Como citado anteriormente, o projeto foi responsável pela divisão no atendimento de crianças do Integração Social devido a diferença de idade que havia entre os jovens no projeto. Conforme avaliação pedagógica, foi decidido que faria muito mais sentido manter os jovens de até 11 anos de idade no Integração e a partir dos 12 nesta nova iniciativa para que ambos os públicos pudessem ter aulas e atividades que fizessem sentido para cada uma das idades atendidas.
Hoje o Conviver possui três aulas semanais, sendo elas esporte, educação ambiental e música. O projeto tem o objetivo de preparar jovens que estão na fase da infância a entrarem mais preparados na adolescência, trabalhando questões importantes para este público.
Ações que valem destaque
Fizemos diversas atividades no Conviver, mas dentre todas podemos destacar três muito importantes. A primeira delas foram as saídas de campo para percorrer a comunidade. Nestes momentos, levamos os jovens para conhecer melhor o lugar onde eles moram e trabalhamos questões importantes com eles como, por exemplo, preservação do meio ambiente durante a aula de educação ambiental. A segunda foi o baile de inverno, uma festa que fizemos antes dos alunos saírem de férias para criarmos um espaço de confraternização entre o Conviver e o Integração Social. Esse encontro se repetiu na nossa terceira ação que foi Dia das Crianças onde todos se divertiram, ganharam presentes e aproveitaram essa data marcante da infância.
Nossas considerações sobre o primeiro ano de projeto
Quando se começa um projeto do zero se tem uma expectativa sobre ele. Ao final de 2024, notamos que o Conviver foi realizado com muitos desafios, mas que no fim se tornou mais um espaço acolhedor na nossa ONG. Percebemos que os alunos conseguiram crescer e tornaram o projeto em um ambiente onde eles podem ser livres para se desenvolverem como devem, tratando de temas importantes pra eles.
Sem sombra de dúvidas o que mais destacamos foi vínculo criado entre alunos e educadores que com o passar dos meses foi ficando mais claro e forte. Além disso, também notamos que os alunos pouco a pouco se aproximaram mais do próprio morro, levantando debates e assuntos pertinentes que nos faz entender que hoje eles enxergam o Morro da Cruz como o seu lugar de pertencimento.
Os alunos se desenvolveram muito. Hoje em dia, eles conseguem socializar e se sentir pertencentes àquele espaço. Criaram vínculos com os educadores e com os próprios colegas. Mas é sempre um desafio trabalhar com pré-adolescentes, né? Eles estão na fase em que estão descobrindo o mundo, o corpo, as coisas. Então, a convivência é desafiadora, mas também é o ponto alto do projeto: a convivência. Acho que foi uma experiência interessante. Foi muito boa para o meu desenvolvimento profissional e pessoal também, mas foi bastante desafiadora. Eu acho que o lugar onde o projeto está sendo implementado é um desafio. Os estudantes irem três vezes por semana é um desafio. Por um lado, é bom, mas, por outro, é difícil, porque não conseguimos estar sempre com eles, né? Então, nesses dois dias, eles estão em outros lugares e, às vezes, se perdem algumas coisas. Acho que foi um desafio acompanhar a frequência e o contato com os pais. Foi uma demanda de atividades com as quais eu não estava tão acostumada, mas foi bom. Consegui fazer a parceria com a Ju (coordenadora do projeto), que foi ótima, porque a gente divide essas responsabilidades. Quando estamos com outra pessoa, ajuda, porque essa pessoa valida as nossas questões e nós conseguimos validar as delas também. Eu acho que foi uma experiência interessante. Acho que a socialização dos alunos conosco e o vínculo foram muito importantes.
Paula Ribeiro, coordenadora do projeto, sobre o trabalho realizado em 2024.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e ser suporte para os jovens que estão entrando na adolescência para que eles tenham um espaço acolhedor para ajudá-los a crescer e se desenvolver.
Doe para o Conviver
Faça uma doação hoje e nos ajude a dar continuidade ao projeto em 2025.
O Decola é um curso preparatório para o mercado de trabalho com duração de 6 meses destinado a jovens de 14 a 18 anos. No projeto os alunos têm aulas de informática, esporte, desenvolvimento pessoal, expressão e aprendizagem e valorização à vida. Essas aulas capacitam os jovens e os ajudam a encarar o mercado de trabalho, as decisões sobre carreira e também os estudos de forma mais tranquila.
O impacto do projeto
Em 2024, o Decola se destacou em empregabilidade, encaminhamentos e matrículas. Foram 12 jovens encaminhados para jovem aprendiz e diversos outros que foram encaminhados para cursos, adquirindo bolsas e construindo um futuro cheio de possibilidades. Além disso, vale ressaltar que 95% dos alunos que finalizam o curso ganham algum encaminhamento para outra oportunidade e são acompanhados pela coordenadora do projeto.
Desafios do projeto
A nossa maior dificuldade neste ano foi a evasão de alguns jovens, sendo este problema causado pelos seguintes motivos: trabalho e cuidados com a família. Mesmo assim não desistimos destes alunos e buscamos através de visitas domiciliares e acompanhamento das famílias buscar uma solução. Com estas ações conseguimos fazer com que a maior parte dos alunos se formasse no curso.
Nossas atividades
Além das aulas convencionais, tivemos algumas ações que marcaram o projeto neste ano. De todas, precisamos destacar três. A primeira delas foi o dia das profissões. Nesse dia, a Eduarda Ouriques (coordenadora do projeto) convidou três profissionais de áreas diferentes para irem conversar com os jovens. Foi um momento muito importante para os alunos entenderem como funciona o mercado de trabalho e conhecer possíveis carreiras. A partir desse encontro, muitos deles se inspiraram a sonhar com novas possibilidades.
A segunda ação foi o dia do currículo. E este foi um momento muito legal, pois envolveu a comunidade do Morro da Cruz. Nesse dia, o Decola ficou aberto aos moradores para a confecção de currículos de quem precisasse. O interessante é que os responsáveis por fazer os currículos foram os próprios alunos do Decola que aprenderam a como fazer isso durante o curso.
A terceira e última ação foi a visita ao CRC, outro projeto da nossa ONG, e a experiência com a monitoria. A ida ao CRC se deu para que os jovens pudessem conhecer o projeto já que futuramente podem fazer parte dele assim como fizeram parte do Decola. A experiência com a monitoria, por sua vez, teve o objetivo de mostrar aos jovens que eles podem, se quiser, serem monitores na nossa ONG e contribuir para a evolução dos nossos projetos.
Nossa ONG faz encaminhamentos para o mercado de trabalho e monitorias
Após a formatura nos nossos projetos, os alunos têm a possibilidade de continuarem se desenvolvendo mais através destas duas possiblidades que complementam o trabalho realizado.
Também podemos destacar que realizamos atividades foram da ONG com os jovens como idas ao Centro Histórico, além de passeios de final de ano e outros como quando levamos eles para o cinema para assistirem o filme Divertida Mente 2.
Minha experiência foi extremamente gratificante, pois vi jovens realizando seus sonhos e objetivos por meio do projeto. Um exemplo é um dos nossos alunos, o Eduardo. Ele entrou no curso do Decola sonhando em ser lutador de muay thai. Na época não queria ser jovem aprendiz e sonhava em poder lutar, mas não tinha renda para conseguir fazer parte de uma academia. A equipe do projeto entrou em contato com o Sombra Team, uma academia de artes marciais, e conseguiu uma bolsa de muay thai, jiu jitsu e boxe com todos os equipamentos inclusos. Menos de um ano depois, Eduardo realizou sua primeira luta em uma competição. Atualmente, Eduardo estuda, é jovem aprendiz e continua treinando para chegar nos seus sonhos. É por histórias como essa que realizamos o projeto com tanta paixão, porque simplesmente acreditamos que os nossos jovens podem chegar onde desejam.
Eduarda Ouriques, coordenadora do projeto, sobre a sua experiência em 2024.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar educando e preparando jovens para o mundo e mercado de trabalho de forma que mostremos pra eles a importância de buscar a qualificação profissional.
Doe para o projeto Decola
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O CRC é um curso profissionalizante, que ocorre no contraturno escolar, em que jovens de 14 a 18 anos aprendem hardware e software, conhecendo todo o processo de recondicionamento de computadores para reaproveitá-los. No projeto apresentamos tecnologia, sustentabilidade e inovação para os jovens, com inúmeras parcerias que estimulam o aprendizado e a entrada formal no mercado de trabalho.
Da ajuda às vítimas das cheias do RS até a criação de internet comunitária
Movimentado, assim foi o ano do CRC. Logo no inicio do primeiro semestre o projeto já deu indícios de que o ano seria cheio de atividades. Começamos 2024 com uma novidade, a criação do CRC Avançado. Esse módulo do CRC nos permite trabalhar atividades específicas com os alunos que já fizeram o CRC, dando novas possibilidades para eles. Um exemplo disso é a produção audiovisual. Dentro do CRC Avançado, um das aulas trabalhadas será a captação e edição de materiais em vídeo. Contaremos, inclusive, com aulas de pilotagem de drone para, por exemplo, ensinar como usar essa ferramenta para captar boas imagens. O CRC hoje possui um heliponto que foi feito no começo do ano para ser utilizado neste tipo de aula.
Durante março recebemos o convite para participar do South Summit Brazil, evento de tecnologia e inovação que aconteceu em Porto Alegre nos dias 20, 21 e 22 do mesmo mês. Os alunos puderam acompanhar a feira durante um turno cada no dia 22. O evento aconteceu no Cais Mauá e a ida dos jovens se deu a partir da doação de ingressos solidários através da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT-RS). Ainda referente ao South Summit, fomos contemplados pela SICT-RS em parceria com o programa Sustentare para ser um dos locais para receber doações de computadores durante o evento. Recebemos 31 máquinas do Banrisul Consórcio. O objetivo da ação era posicionar pontos estratégicos de coleta de equipamentos eletrônicos para conserto e reutilização que tinham como destino o CRC Morro da Cruz para que estes materiais pudessem ser destinados à comunidade.
Em junho recebemos uma missão que foi uma das mais importantes da história do CRC: tentar consertar 300 chromebooks de escolas de São Leopoldo que foram atingidas pelas cheias de abril e maio. Trabalhamos ao longo de semanas para buscar consertar o máximo de equipamentos possíveis. Essa foi uma iniciativa que nos encheu de orgulho, pois conseguimos dar aulas aos nossos alunos e o que conseguimos explicar pra eles serviu para que pudessem aplicar no conserto das máquinas para ajudar alunos de diversas escolas da cidade.
CRC finaliza conserto de chromebooks de escolas de São Leopoldo afetadas pelas cheias no RS
Busca por reparos dos equipamentos levou semanas e mesclou aulas teóricas e muita prática para ajudar escolas do município.
Por fim, gostaríamos de destacar a mais recente atividade do CRC, o Conexões Morro da Cruz. Esta é uma iniciativa de inclusão digital que recebe apoio do Ministério das Comunicações via emenda parlamentar, através do Termo de Colaboração n° 946277/2023 e tem como objetivo facilitar o acesso dos moradores da comunidade à conexão através da criação de uma internet comunitária. No entanto, o projeto vai além da mera oferta de banda larga, buscando criar um sistema que capacite os usuários a utilizarem essa ferramenta como um meio de desenvolvimento pessoal e profissional, aumentando, por exemplo, suas chances de conseguir um emprego.
CRC cria projeto de internet comunitária no Morro da Cruz
Até o momento já foram instalados cinco pontos do morro que já possuem o sinal de wi-fi do projeto.
A última atualização da ação mostra que o CRC já instalou alguns pontos de conexão via wi-fi para a utilização na comunidade. Com isso, moradores podem utilizar a rede aberta caso precisem. O Conexões Morro da Cruz tem como meta atingir até 1.500 pessoas durante um ano.
Mais um ano de parceria com a Nebula Web3
Finalizamos o ano com o encerramento de uma linda parceria que aconteceu no Coletivo desde o ano passado. Em 2024, renovamos nosso vínculo com a Nebula Web3 para termos dentro do CRC aulas que tinham o objetivo de apresentar e explicar para os alunos do projeto o universo da web3 e mostrar como esse mundo está transformando a internet ao introduzir a descentralização através de tecnologias como blockchain. Os alunos tiveram aulas sobre blockchain e web3, passando desde conceitos financeiros básicos, história da blockchain, o Bitcoin e sua trajetória até os dias de hoje, além dos fundamentos sobre carteiras digitais, dentre outros assuntos, durante todas as terças-feiras.
As aulas foram conduzidas pela professora Andreia Martin. Pra nós foi um motivo de muita felicidade poder ter conosco uma professora se dedicou tanto para ensinar os nossos alunos. Também ficamos orgulhosos por inserir na vida dos nossos jovens um tema tão relevante que é a web3, mostrando que os nossos adolescentes podem sim aprender sobre assuntos atuais tanto quanto jovens de bairros mais nobres.
Andreia Martin, professora de web3 no CRC, sobre o ano de parceria com a Nebula
Segundo a professora, 2024 foi mais um ano bem sucedido nas aulas de web3 no CRC.
O incrível trabalho do CRC
Assista ao vídeo que mostra como o trabalho é feito no Centro de Recondcionamento de Computadores e a sua importância para os jovens moradores do Morro da Cruz.
Ajudando as escolas da cidade de São Leopoldo
O CRC (Centro de Recondicionamento de Computadores) recebeu um pedido nobre durante o mês de junho de 2024. Afetados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano, o município de São Leopoldo, através do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTM) da Secretaria Municipal de Educação, entrou em contato com o nosso projeto para buscar viabilizar a recuperação de 300 chromebooks utilizados por alunos e professores das escolas da cidade.
Alunos do CRC vão ao South Summit Brazil 2024
Os alunos puderam acompanhar a feira durante um turno cada no dia 22. O evento aconteceu no Cais Mauá e a ida dos jovens se deu a partir da doação de ingressos solidários através da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT-RS).
2024 foi extremamente gratificante para o CRC. Além de todas as iniciativas realizadas no projeto, podemos dizer que impactamos orgulhosamente a vida de 45 jovens do Morro da Cruz no ano, incluindo-os com muita satisfação no mundo da tecnologia.
Yuri de Lima da Silva, 18 anos, aluno do CRC
Interessado em seguir carreira no mundo da TI, Yuri viu no CRC uma porta de entrada para o seu desenvolvimento profissional e teve uma experiência incrível no projeto.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar inserido jovens do morro no mundo digital. Sabemos o quanto é importante levar a tecnologia a quem mais precisa, principalmente em um contexto onde cada vez mais o mundo pede conhecimentos na área.
Doe para o projeto CRC
Faça uma doação hoje e ajude a manter o projeto de portas abertas para o ano de 2025.
O Janelas Abertas funciona para adultos preparando este público para o mercado de trabalho e a inserção no mundo da informática através de aulas noturnas. É um dos projetos mais tradicionais do Coletivo e também mais um que visa trabalhar a inclusão digital. Ali também vemos outras necessidades dos alunos e criamos cursos e parcerias de acordo com o que precisam. O projeto acontece na Rua Vidal de Negreiros, 1652, no turno da noite toda quarta-feira.
Formato do curso e a sua importância
Assim como o Integração Social, o Janelas Abertas é um projeto tradicional do Coletivo, mas neste ano ele assumiu um formato um pouco diferente do que ele era. Pensando na continuidade do ensino para o público idoso, maior parte dos alunos do projeto e que precisa de um pouco mais de tempo para aprender, e também em uma maior flexibilidade para aqueles que trabalham, decidimos que em 2024 o Janelas seria conduzido de forma itinerante.
Neste sentido, formamos uma turma no primeiro semestre que estava aberta a novos alunos que fossem chegando e pudessem frequentar as aulas conforme o seu tempo. Os mesmos alunos que iniciaram o ano no projeto continuaram com a turma do segundo semestre, visto que o objetivo era dar mais atenção e continuar passando os conteúdos e retomando algumas aulas com eles.
Pra mim foi muito bom essa experiência, essa aula. Porque eu não entendia nada e nem sabia abrir um computador. Daí através do Vinícius aqui, da aula, foi quando eu consegui ir me atualizando, né? E vou continuar indo mais, né? Já que me abriram essa porta eu vou me aperfeiçoar cada vez mais.
Ademir Rubens Ribas, 72 anos, e a sua experiência com o Janelas Abertas.
Desafios e o que ensinamos
O Janelas Abertas trabalhou diversos temas ao longo de suas aulas, mas dentre vários gostaríamos de destacar três deles. O primeiro foi o aprendizado sobre novas tecnologias, como a inteligência artificial, por exemplo, que pode facilitar o dia a dia dos alunos.
A segunda foi o estudo sobre planilhas. Apesar de ser um conteúdo denso e por vezes difícil de explicar para pessoas que tiveram pouco acesso à tecnologia, buscamos mostrar como utilizar este recurso por entender que ele é fundamental na rotina das pessoas e no mercado de trabalho. Para trabalhar o tema, falamos sobre como as planilhas podem ser utilizadas para ajudar a economizar diariamente.
Nós falamos sobre o método japonês chamado Kakebo com os alunos. Escolhemos esse método pela história do Kakebo, desenvolvida por uma mulher japonesa em uma situação bem parecida com mulheres do Morro da Cruz, que vivem com uma renda bem baixa e sempre precisando fazer milagres financeiros. Então trouxemos essa atividade para mostrar pra elas que é possível economizar e conseguir fechar as contas quando se organiza os gastos.
E o terceiro tema foi o uso do celular. Apesar do laboratório de informática ser repleto de notebooks, sempre enfatizamos que todas as atividades poderiam ser feitas também pelo celular porque entendíamos que nem todos ali presentes possuíam computadores. Alguns, inclusive, receberam computadores após concluir o curso. Isso foi importante para eles entenderem que eles não precisavam estar no laboratório no CRC para fazerem as suas atividades.
A turma de 2024, tanto a do primeiro semestre quanto do segundo, o principal destaque deles é o engajamento, a participação e o comprometimento que essa turma teve em estar presente e participar das atividades. E isso gerou um desafio muito grande que é dar atenção e suporte para as expectativas que eles trazem. E então a participação do monitor o Vitor foi muito especial, foi importantíssima. Esse comportamento gerou na turma um sentimento de família. Esse ano teve muitos desafios, principalmente as enchentes e questões climáticas. Nossa infraestrutura suportou tudo isso. Por ser à noite, esse horário, quando tem chuva, há grande possibilidade de evasão. De certa forma ocorreu com alguns alunos, mas a grande maioria permaneceu. Estavam presentes. Foi uma experiência válida, muito válida. Apesar das dificuldades a turma chegou e concluiu com muito aproveitamento.
Vinicius Vollrath, coordenador do projeto, sobre os desafios enfrentados em 2024.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar levando conhecimento e inclusão digital para adultos e idosos do Morro da Cruz porque entendemos que a tecnologia deve estar presente até mesmo nas camadas mais baixas da sociedade e ser uma ferramenta de transformação na vida das pessoas.
Doe para o projeto Janelas Abertas
Faça uma doação hoje e ajude a manter o projeto de portas abertas para o ano de 2025.
Depois do Conviver, a Oficina do Morro foi o segundo projeto da nossa ONG a ser lançado oficialmente em 2024. A oficina é um negócio de impacto social. É uma escola de marcenaria que atende jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social no Morro da Cruz.
O projeto iniciou após alguns meses de mentoria no Centro de Empreendimento em Informática (CEI) da UFRGS em 2023. Oficialmente, começamos o projeto a partir de janeiro de 2024, estruturando-o para colocar em prática meses depois. A Oficina do Morro possui três pilares que nós definimos como os nossos objetivos.
Escola
A Oficina é uma escola de marcenaria que tem o objetivo de ensinar a arte de criar, construir e reparar móveis de madeira.
Espaço maker
A Oficina também é um local onde pessoas da comunidade podem testar e fazer novos móveis conforme as suas necessidades.
Fábrica
A Oficina é uma fábrica de móveis que rentabiliza os seus marceneiros e marceneiras. Pretendemos fazer isso a partir de 2025.
Além dos três pilares, a Oficina do Morro nasceu com três premissas. A primeira delas é a educação popular. Queremos que este projeto busque levar educação acessível às pessoas em situação de vulnerabilidade social. A segunda é o desenvolvimento econômico. Queremos que a Oficina do Morro dê a oportunidade de ser um fonte de geração de renda para os moradores do morro. E a terceira, mas não menos importante, é a sustentabilidade. Em tempos onde a crise climática é um assunto em alta e de extrema relevância, a Oficina do Morro se posiciona como um projeto que prega a utilização de material amigável ao meio ambiente em suas produções.
Ações de auxílio às vítimas das cheias do Rio Grande do Sul
Durante abril e maio de 2024, o Rio Grande do Sul sofreu a maior crise climática da sua história. O estado recebeu durante esses meses uma quantidade altíssima de chuvas que resultou em diversos problemas em muitas cidades gaúchas. As chuvas causaram enchentes em diversos municípios, deixando pessoas sem casas e boa parte do comércio sem funcionamento.
Sensibilizados com este problema, a Oficina do Morro resolveu agir já pensando no período após as cheias, onde muitas pessoas que foram vítimas das enchentes precisariam voltar para as suas casas ou estabelecimentos comerciais e tentar recomeçar. Em sua primeira ação, a projeto produziu 651 rodos de madeira que foram utilizados para a limpeza das casas e comércios das pessoas afetadas. A segunda ação ainda está acontecendo e se baseia na produção de móveis para os atingidos. Ao todo, mais de 130 famílias irão receber móveis feitos para recomeçarem as suas vidas.
Aulas
Além das ações citadas acima, a Oficina do Morro também começou oficialmente as suas aulas no segundo semestre deste ano. Em novembro, inclusive, o projeto formou os seus primeiros alunos que concluíram o Curso Básico de Marcenaria. Esses alunos agora estão realizando o curso intermediário e se aprofundando mais.
Em sua primeira ação, Oficina do Morro produziu 651 rodos de madeira para limpeza das casas e comércio dos afetados pelas cheias no RS
As entregas aconteceram em diversos bairros de Porto Alegre e também em cidades da região metropolitana. Contamos com a ajuda de apoiadores da ONG para comprar o material e as ferramentas necessárias para a produção dos rodos de madeira.
Em sua segunda ação, Oficina do Morro está produzindo móveis para 130 famílias afetadas pelas cheias no RS
Ao todo, estamos produzindo seis móveis, sendo eles: arara simples, arara com prateleira, cama, mesa, banquinhos e bancada para colocar a pia. Contamos com a ajuda de apoiadores da ONG para comprar o material e as ferramentas necessárias para a produção dos móveis.
Aluna Jussara Teresinha, 65 anos, conta como está sendo a sua experiência na Oficina do Morro
Jussara está podendo aprender conceitos fundamentais aplicados a marcenaria como pintura e lixação, por exemplo. Além das aulas teóricas, ela também está tendo aulas práticas podendo realizar tudo aquilo que está aprendendo com o professor.
Aluna Angela Maria, 59 anos, conta como está sendo a sua experiência na Oficina do Morro
Angela está podendo aprender conceitos fundamentais aplicados a marcenaria como pintura e lixação, por exemplo. Além das aulas teóricas, ela também está tendo aulas práticas podendo realizar tudo aquilo que está aprendendo com o professor.
Depoimentos de pessoas que receberam os móveis da Oficina do Morro
Essas são algumas das mensagens que recebemos de famílias que a Oficina do Morro ajudou em 2024 em sua ação de construção de móveis.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar ajudando tanto os moradores do morro quanto qualquer outra pessoa que se encontre em situação de vulnerabilidade através do material produzido na oficina.
Doe para a Oficina do Morro
Faça uma doação hoje e ajude a manter o projeto de portas abertas para o ano de 2025.
Em setembro deste ano criamos oficialmente o projeto Gurias do Morro. A iniciativa, que já estava sendo debatida há meses na ONG, nasceu com o objetivo de incentivar e fomentar o futebol feminino no Morro da Cruz e no momento está atendendo meninas de 8 a 16 anos. As aulas acontecem todo sábado das 9h às 11h na Rua Nove de Junho, 1600.
O futebol feminino tem uma importância imensa para as meninas, pois vai além de ser apenas um esporte. Ele oferece oportunidades valiosas de empoderamento, inclusão e desenvolvimento pessoal. Além disso, também ajuda a desconstruir estereótipos de gênero, mostrando que as meninas são tão capazes quanto os meninos em qualquer atividade, inclusive no futebol. Ele abre portas para que elas sonham com carreiras em um ambiente antes dominado por homens, promovendo a igualdade e reforçando a importância da diversidade.
A gente vê o interesse das meninas, vê nos olhos delas o quanto elas estão gostando. A gente vai vendo a evolução de cada menina, como chegou no começo do treino. É um desafio grande, mas no final com treino tudo vale a pena.
Greice Kelly, coordenadora do projeto, sobre o trabalho realizado até o momento e impacto na vida das jovens.
Mesmo com pouco tempo de existência, o Gurias do Morro já mostra ser importante na vida das alunas e seus familiares. Atualmente, o projeto contempla 25 alunas que treinam desde os fundamentos básicos do futebol até tópicos relevantes que serão importantes para o futuro da vida delas, como trabalho em equipe, proatividade e disciplina. E o resultado disso são as alunos e seus familiares muito contentes.
Franciele, mãe da Geovana
Segundo a sua mãe, a Geovana está gostando bastante do projeto. A mãe ainda acredita que o Gurias do Morro está ajudando no desenvolvimento da sua filha.
Para 2025
Esperamos conseguir manter o projeto em 2025 e continuar mostrando que o futebol e qualquer outro espaço pode ser ocupado pelo público feminino. Também queremos continuar mostrando às alunas a importância do trabalho em equipe e outros fatores que serão extremamente úteis para as suas vidas.
Doe para o Gurias do Morro
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Manutenção do excelente trabalho da equipe de psicologia
Um dos pilares fundamentais da nossa instituição, a equipe de psicologia manteve um trabalho de excelência no ano. Além de estar ativamente presente no dia a dia dos projetos, o setor ainda manteve os atendimentos individuais e coletivos que normalmente realiza. No nosso relatório de impacto de 2024 que está no final deste material você irá poder consultar os números da equipe.
Propósito de educação ambiental
O ano de 2024 reservou um novo propósito para o Coletivo. Preocupados com o impacto do ser humano no meio ambiente e também em inserir a comunidade do Morro da Cruz em pautas sustentáveis, lançamos como objetivo este ano trabalhar a educação ambiental como uma das nossas principais ações. Abordar o tema era de interesse do Coletivo há anos, mas tomou forma recentemente em meio a urgência de se falar e buscar soluções para crise climática global. A disciplina de educação ambiental foi ministrada no projeto Conviver e teve ações em outros projetos da ONG também.
Nossas atividades de educação ambiental focaram na conscientização sobre sustentabilidade com uma série de projetos e atividades lúdicas voltadas para jovens. Trabalhamos os conceitos de reciclagem e coleta seletiva, abordando o ciclo da água e o impacto ambiental das ações humanas. No projeto de Horta em Vasos Recicláveis, introduzimos as crianças ao ciclo das sementes e à segurança alimentar, ensinando sobre agricultura urbana e sustentabilidade. A atividade prática de plantio em vasos recicláveis foi um grande sucesso, promovendo o contato direto com o cultivo e a importância do consumo consciente de alimentos.
Em diversas aulas, usamos métodos lúdicos, como a pintura de figuras representando a cadeia alimentar e jogos com as cores da coleta seletiva para estimular a memorização e prática do descarte correto de resíduos. Essas atividades dinâmicas e interativas mostraram-se eficazes para engajar as crianças no aprendizado sobre temas ambientais essenciais, contribuindo para a formação de uma geração mais consciente e preocupada com o meio ambiente.
Coletivo 60+
Outra iniciativa do Coletivo neste ano foi a criação do Coletivo 60+, um projeto de audiovisual apoiado pela empresa Gruppen It que teve o objetivo de produzir vídeos educativos ensinando o público idoso a mexer com a tecnologia. Produzimos um total de 18 vídeos sobre os variados temas. Finalizamos a primeira temporada do projeto ao final de 2024.
Conheça o projeto Coletivo 60+
Tecnologia é para todos. Deve conectar comunidades e unir gerações. 🖥 👵
Cursos, aulões e oficinas
Também realizamos alguns cursos e aulas especiais durante o ano. Podemos destacar a formação de 13 alunas no curso de design de sobrancelhas, além das aulas que fizemos de preparação para o ENEM onde mostramos, com a ajuda de um professor de curso pré-vestibular, como acessar a universidade. Fizemos também, com educadores da própria ONG, uma aula para idosos ensinando-os a como usar redes sociais. Este último foi feito dentro do projeto Coletivo 60+.
Também participamos do FestFoto – Descentralizado, evento que fez parte do conjunto das atividades da 17ª edição do FestFoto, um tradicional festival de fotografia que acontece em Porto Alegre. Além da oficina Pinhole Photo na Lata com as crianças do projeto Integração Social, um grupo de estudantes do Coletivo participou de uma oficina de fotografia com celular que resultou em uma exposição de fotos no formato lambe no Morro da Cruz e na Bom Jesus. Essa foi a primeira vez que aconteceu o FestFoto – Descentralizado e o Coletivo foi parceiro do evento junto do Centro de Educação Ambiental (CEA) da Bonja.
No final de 2024 um outro grupo de estudantes participou da oficina de fotografia popular com o fotógrafo carioca Ratão Diniz. Foi um momento muito especial pra nossa instituição e para os adolescentes da comunidade do Morro da Cruz que participaram da oficina. Muitos, inclusive, pegaram em uma câmera fotográfica pela primeira vez durante a ação.
Através das atividades, os jovens não só registraram imagens da nossa comunidade, mas também aprofundaram seus conhecimentos sobre a fotografia popular. Descobriram como a câmera pode ser uma ferramenta poderosa para preservar a memória da nossa periferia e construir nossa própria história, a partir do olhar de quem mora no morro. As fotos tiradas na oficina viraram uma linda exposição no Goethe-Institut Porto Alegre. A exibição das fotografias dos jovens fez parte da celebração de 20 anos de trabalho do Ratão Diniz.
Criação do NAAM
Mais um passo importante visando ajudar os moradores do Morro da Cruz foi dado pelo Coletivo no ano. Lançamos no dia 8 de março, no Dia Internacional das Mulheres, um núcleo focado nas mulheres da nossa comunidade. A iniciativa, que se chama NAAM – Núcleo de Atendimento à Mulher do Morro da Cruz, nasceu com o propósito de ser um espaço onde as mulheres possam se sentir seguras para conversarem sobre temas relevantes para elas e que precisam ser debatidos, como violência doméstica, por exemplo.
O núcleo presta serviços como elaboração de currículo, elaboração de plano de carreira, esclarecimentos sobre políticas públicas, esclarecimentos sobre direitos para mulheres vítimas de violência, além de ser um espaço para a realização de um grupo terapêutico e oficinas. Atualmente, o NAAM realiza uma oficina de artesanato todas as terças-feiras das 17h às 19h na Travessa 25 de Julho, nº 1572.
Ajudamos abrigos que receberam vítimas das cheias do RS
Durante o período onde o Rio Grande do Sul foi afetado pelas enchentes, viramos um centro de arrecadação e distribuição de mantimentos para abrigos do Morro da Cruz e região que receberam as vítimas da tragédia climática.
Comemoramos cinco anos
Comemoramos oficialmente cinco anos em 2024. Nossa ONG existe na comunidade há mais de uma década, no entanto se formalizou como uma instituição em 2019. Nosso aniversário foi comemorado em julho.
Ao longo de 2024 tivemos o prazer de participar de reportagens e ter as nossas iniciativas vinculadas na mídia, somando ao todo 15 presenças na imprensa. Ressaltamos mais uma vez que sempre fomos parceiros, através das nossas vice-presidente Elenira Martins e presidente Lucia Scalco, dos veículos de comunicação e do seu trabalho e sempre seremos voz para apresentar os problemas enfrentados no Morro da Cruz, bem como para outros tipos de assuntos também.
09 de janeiro – Record TV fala sobre projeto em parceria com o Coletivo para diminuir calor nas casas do Morro da Cruz.
16 de janeiro – Reportagem de GZH conta sobre iniciativa em parceria com o Coletivo para diminuir calor através da lã de ovelha.
6 de fevereiro -Reportagem da TVE conta sobre a iniciativa em parceria com o Coletivo para diminuir calor através da lã de ovelha.
13 de março – Reportagem publicada no portal do Governo do RS cita CRC do Morro da Cruz em evento que antecede o South Summit Brazil.
20 de março – Reportagem da TVE conta sobre as oportunidades ofertadas pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC).
29 de abril – Reportagem da Matinal Jornalismo repercute o “FestFoto – Descentralizado”, evento que conta com a participação do Coletivo.
29 de maio – Reportagem do Diário Gaúcho conta sobre a produção de rodos da Oficina do Morro para as vítimas das cheias do RS.
30 de maio – Reportagem da TV Pampa conta sobre a produção de rodos da Oficina do Morro para as vítimas das cheias do RS.
31 de maio – Reportagem da Record TV RS conta sobre a produção de rodos da Oficina do Morro para as vítimas das cheias do RS.
24 de junho – Reportagem da Matinal Jornalismo sobre a participação de Vitor Ramil em sarau cita o Coletivo.
22 de agosto – Reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV, fala sobre a fabricação de móveis para vítimas das cheias do RS.
02 de setembro – Reportagem da Matinal Jornalismo fala sobre a fabricação de móveis para vítimas das cheias do RS.
09 de setembro – Reportagem da Record TV RS fala sobre a fabricação de móveis para vítimas das cheias do RS.
11 de outubro – Reportagem de GZH fala sobre a parceria do site de xadrez online, Chess.com, com o Coletivo.
14 de outubro – Reportagem da Record TV RS fala sobre a construção de um sombrite para a sede do projeto Integração Social.
Queremos continuar o nosso trabalho em 2025
Fizemos muitas coisas neste ano. Desejamos manter o mesmo ritmo em 2025. Esperamos conseguir realizar diversas atividades e ações de impacto no morro. Obrigado a todos que estiveram conosco e apoiaram as nossas iniciativas. Somos extremamente gratos.
Relatório de impacto de 2024
Confira quantos alunos atendemos, as principais ações e muito mais.
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