Nossa história

O Coletivo Autônomo Morro da Cruz existe na comunidade há mais de uma década, mas atua formalmente como uma ONG desde 2019, sempre com o objetivo de transformar vidas através da educação cidadã no Morro da Cruz

As dificuldades de formalização são imensas e por vezes tudo parece agir contra a continuação do trabalho que atende 110 crianças e jovens regularmente, conhecendo a fundo suas realidades e buscando encaminhamentos quando necessário, além dos mais de 120 educandos adultos por ano em cursos profissionalizantes e oferecimento de trabalho digno a mais 30 pessoas.

Temos um olhar acolhedor, um coração esperançoso e um otimismo do tamanho do mundo para atender a comunidade. Por sermos assim, conhecemos de perto a realidade por aqui. De cada jovem que teve contato conosco e de cada família que nós ajudamos. Sabemos dos problemas, que variam desde a ausência do Poder Público até a falta de oportunidades, bem como também conhecemos o potencial que encontramos aqui.  

Somos, e gostamos de pensar assim, a ponte que liga um grupo incrível de pessoas maravilhosas, talentosas, capazes e fortes a um futuro mais igualitário e justo. Queremos fazer parte disso e vemos que hoje estamos indo na direção certa. Hoje o Coletivo conta com um grupo multidisciplinar que atende diversos projetos, sempre trazendo benefícios para as nossas crianças, adolescentes e adultos. Nós focamos em realizar ações que priorizem educação, saúde mental, tecnologia e que também sirvam como assistência.

Somos, e gostamos de pensar assim, a ponte que liga um grupo incrível de pessoas maravilhosas, talentosas, capazes e fortes a um futuro mais igualitário e justo. Queremos fazer parte disso e vemos que hoje estamos indo na direção certa. Hoje o Coletivo conta com um grupo multidisciplinar que atende diversos projetos, sempre trazendo benefícios para as nossas crianças, adolescentes e adultos. Nós focamos em realizar ações que priorizem educação, saúde mental, tecnologia e que também sirvam como assistência.

Promover a educação, a inclusão produtiva e o combate às desigualdades socioeconômicas através de um trabalho multidisciplinar, qualificado e afetuoso especialmente voltado às famílias da comunidade, apostando na criação de oportunidades de forma colaborativa.

Temos como a nossa visão, promover a dignidade humana, fortalecer desde as crianças até os idosos da comunidade para que eles possam realizar seus projetos de vida. Estimamos até 2030 atingir mais de cinco mil pessoas dentro da nossa comunidade.      

Para que nós possamos realizar o nosso trabalho com excelência e com impacto positivo no Morro da Cruz, nós definimos os valores que vão nos nortear, sendo eles coletividade, a ética, a solidariedade, a sustentabilidade, o respeito e também a responsabilidade social.

Para poder realizar o nosso trabalho, definimos antes de tudo qual seria o nosso propósito. Foi então que entendemos que ele seria desenvolver projetos para evidenciar as potencialidades e desenvolver de forma positiva as famílias que atendemos.

Quando começamos

Em 2006, a antropóloga Lucia Scalco iniciou sua pesquisa sobre inclusão digital no Morro da Cruz, através do Instituto Leonardo Murialdo. Nos seis anos seguintes, pesquisando o impacto de ter um computador em casa para pessoas de baixa renda, ela começou a frequentar a Associação Comunitária do Morro da Cruz, assessorando-a em diversas ações e projetos. Em 2013, iniciou uma pesquisa para o Ministério do Desenvolvimento Social sobre a política pública denominada Fome Zero. Algumas famílias do Beco das Pedras foram escolhidas para realizar uma etnografia e assim aprofundar o entendimento de como se alimentavam. 

No meio do trabalho, aconteceu um incêndio em uma casa de um informante, o que mobilizou os moradores do lugar e fez emergir vários problemas latentes: o direito à luz, acessibilidade, endereço, carteiro, lixo, etc. Então, desde essa época, as pesquisas acadêmicas buscavam impactar o cotidiano da comunidade e organicamente um grupo de pessoas começou a se mobilizar – Coletivo – para o desenvolvimento de projetos sociais no Morro. No inverno de 2015, aconteceu o “Mutirão do Beco das Pedras”, uma ação em conjunto com a comunidade para melhorar a circulação na área. Nessas atividades, a presença das crianças foi notada e, ao invés de retiradas, a ideia foi inseri-las através da construção de um espaço para brincadeiras e atividades. Nascia a “ESKOLINHA” – projeto que foi se transformando e se profissionalizando durante os anos até se chamar Integração Social. 

Depois de inúmeros projetos coletivos no território, em 2019, com o desenvolvimento de mais iniciativas, formalizar o Coletivo como uma Associação representou um meio de captar financiamentos, receber doações oficiais e, assim, crescer de forma sustentável. Foi um momento que marcou o nosso amadurecimento. 

De lá para cá foram dias de muita felicidade, mas acima de tudo de muita luta também. Desde a nossa formalização, recebemos muitos apoiadores, dos quais somos extremamente gratos, mas também tivemos que conviver com a triste imagem de um possível fechamento da ONG por falta de financiamento em alguns momentos. 

É uma realidade dura, mas que nos mantém mais firmes para continuarmos lutando todos os dias para deixar as nossas portas abertas. E temos esperança sobre o futuro, pois percebemos que independente da situação, o Coletivo conta com homens e mulheres que abraçam essa causa assim como abraçam seus filhos: com amor, carinho e força de vontade vê-los vencer.

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